RECUPERAÇÃO DO CONSUMO EM RESTAURANTES AVANÇA EM NOVEMBRO, APONTA ÍNDICE FIPE E ALELO
Valor gasto no segmento foi 23,1% inferior em comparação a novembro de 2019. Em abril deste ano, queda chegou a 48,5%
São Paulo, 06 de janeiro de 2020 - A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), em parceria com a Alelo, empresa especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas, divulga dados atualizados sobre os impactos da Covid-19 com os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), com base em transações diárias realizadas, em novembro, a partir da utilização dos cartões Alelo Alimentação e Alelo Refeição, em todo território nacional.
De acordo com os últimos resultados nacionais é possível destacar que o consumo em supermercados encerrou o período com aumento de 4,1% no valor total gasto (em comparação a novembro de 2019), enquanto o número de estabelecimentos que realizaram transações utilizando como meio de pagamento o benefício alimentação recuou ligeiramente na mesma base comparativa (-0,7%). Por outro lado, as informações do último mês destacam que o volume de transações efetuadas em estabelecimentos desse segmento foi 13,9% inferior ao registrado em novembro de 2019.
Segundo os pesquisadores da Fipe, apesar do resultado negativo, a comparação intertemporal evidencia que o volume de transações tem se recuperado incrementalmente nos últimos meses, reduzindo o impacto negativo na comparação com 2019: desde abril (quando foi 16,1% inferior ao mesmo mês de 2019), passando por maio (-17,1%) junho (-18,6%), julho (-15,4%), agosto (-16,9%), setembro (-15,5%), outubro (-14,5%) e novembro (-13,9%).
“Ao longo dos meses observamos uma contínua recuperação da atividade econômica no segmento. Acreditamos que esses resultados apontam uma convergência com as medidas adotadas de reabertura e flexibilização da operação de restaurantes e outros estabelecimentos que servem refeições”, afirma Cesário Nakamura, presidente da Alelo.
Em relação ao consumo em restaurantes, os dados de novembro indicam que o segmento registrou queda de 23,1% no valor total gasto, acompanhada por uma retração de 42,7% no volume de transações realizadas (em comparação a novembro de 2019). É importante notar, por outro lado, que o número de estabelecimentos comerciais que efetivaram transações em novembro de 2020 está muito próximo ao patamar registrado no mesmo mês de 2019 (-1,7%).
Esse processo de retomada é visível na variação entre o valor consumido em um dado período em 2020 e o mesmo mês de 2019: -48,5% (abril), -39,5% (maio), -34,5% (junho), -29,0% (julho), -28,6% (agosto), -27,7% (setembro), -25,4% (outubro) e -23,1% (novembro).
Vale destacar que, os Índices de Consumo em Supermercados (ICS) acompanham as transações realizadas em estabelecimentos como supermercados, quitandas, mercearias, hortifrútis, sacolões, entre outros; e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR) apontam a evolução do consumo de refeições prontas em estabelecimentos como restaurantes, bares, lanchonetes, padarias, além de serviços de entrega (delivery) e retirada em balcão/para viagem (pick-up).
Dados regionais
Os resultados regionais revelam que os efeitos da pandemia continuam se distribuindo de forma heterogênea sobre as unidades federativas, refletindo a descentralização e as diferenças temporais entre os processos de fechamento e abertura das economias locais, bem como a interiorização da pandemia.
Adotando como parâmetro para análise de impacto o valor gasto em restaurantes, é possível evidenciar que as regiões mais impactadas negativamente em novembro foram a Sul (-24,4%) e Centro-Oeste (-23,3%), contrastando com os menores impactos observados nas regiões Norte (-13,7%) e Nordeste (-20,0%). Enquanto o consumo na região Sudeste ocupou posição intermediária no ranking, com variação de -23,2%.
Individualmente, as unidades federativas que registraram os maiores impactos negativos foram: Piauí* (-34,7%), Distrito Federal (-29,2%), Rio de Janeiro (-29,1%), Tocantins* (-28,0%) e Rio Grande do Sul (-27,6%), contrapondo-se àquelas que apresentaram crescimento ou menor redução no consumo: Acre* (+19,0%), Rondônia* (+14,7%), Maranhão (-1,4%), Espírito Santo (-6,2%) e Amapá* (-7,1%). Referente ao consumo em outras unidades federativas, vale mencionar os resultados de novembro para: São Paulo (-21,8%), Minas Gerais (-24,6%), Paraná (-25,7%) e Santa Catarina (-19,1%).
Metodologia dos índices
Todos os índices foram elaborados e depurados com base em critérios estatísticos para garantir a consistência e a interpretação dos resultados ao longo do tempo:
- Amostra: todos os índices são calculados a partir de dados diários de transações realizadas em estabelecimentos comerciais distribuídos por todo o território nacional, entre 1 de janeiro de 2018 e 30 de novembro de 2020.
- Valores atípicos: para evitar oscilações nos índices decorrentes de eventuais entradas ou saídas de empregadores de grande porte na base de dados, observações associadas a empresas que se enquadram nesses critérios foram desconsideradas nos cálculos.
- Sazonalidade: foram adotados os seguintes procedimentos para mitigar a influência de fatores sazonais: (i) cálculo de média móvel de 7 dias (dados do dia observado e dos 6 dias anteriores a ele), eliminando assim os efeitos dos dias úteis e finais de semana sobre as séries; (ii) identificação e filtragem de fatores sazonais relacionados ao comportamento das séries em dias específicos dentro de cada mês (1º dia, 5º dia, 10º dia...), por conta do calendário de recarga e distribuição temporal do uso dos benefícios nos estabelecimentos no período.
- Inflação: os dados relativos ao consumo em valor foram deflacionados com base na variação mensal do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- Influência de outros fatores: os impactos apresentados não excluem a influência de fatores, eventos e políticas coincidentes com a pandemia sobre o comportamento e hábitos de consumo da população ao longo do período de análise. Todavia, levando-se em conta o caráter inesperado das medidas restritivas instituídas a partir de março, na maior parte das grandes cidades, bem como o padrão comportamental dos índices nos anos precedentes, é possível relacionar as variações atípicas observadas no comportamento das séries à pandemia da Covid-19.
- Frequência: todos os índices são apresentados com frequência diária para todo o período disponível da amostra, tendo por referência inicial (base 100) a média diária em janeiro de 2018. Os impactos calculados estão disponíveis para todos os dias, quinzenas e meses de 2020.
- Recorte geográfico: os impactos – apresentados como percentuais de variação dos índices em relação à média observada em 2019 – consideram os seguintes recortes: (i) média nacional (Brasil); (ii) Médias das 5 regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste); (iii) Média dos 26 estados e Distrito Federal (27 unidades federativas).
Sobre a Fipe
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe é uma organização de direito privado, sem fins lucrativos, criada em 1973. Entre seus objetivos está o apoio ao Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Possui, hoje, destacada atuação nas áreas de ensino, projetos, pesquisa e desenvolvimento de indicadores econômicos e financeiros.
Sobre a Alelo
A Alelo é uma empresa especializada em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, atuando nos segmentos de alimentação, cultura, transporte e saúde. Com mais de quinze anos de história, é, desde 2013, líder no setor de benefícios pelo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), da Secretária do Trabalho no Ministério da Economia. A Alelo conta com a confiança de 100 mil empresas-clientes, 8 milhões de usuários e com a maior rede de estabelecimentos comerciais afiliados do Brasil. Entre os produtos e serviços oferecidos, estão Alelo Refeição, Alelo Alimentação, Alelo Natal, Alelo Multibenefícios, Alelo Mobilidade, Alelo Auto, Alelo Gestão de VT, Alelo Cultura e cartões pré-pagos Alelo Despesas, Alelo Pagamentos e Alelo Premiação e Veloe.
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